SEJAM BEM VINDOS
sábado, 24 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
Amor Necessário
A NECESSIDADE
QUASE SEM CABIMENTO
DE AMAR
SEMPRE AMAR
AMAR SOMENTE
TUDO E TODOS
BICHO E GENTENÃO QUERO AMAR ALGUÉM
QUERO AMAR TODO MUNDO
E QUEM SE SENTE NINGUÉMESTOU DOENDO
E AMO DOENDO
MESMO A QUEM ME FAZ DOER EU AMO
AMOR DO LADO OPOSTO
QUE AMO A CONTRAGOSTO
MAS AMOSEM PERDER O RESPEITO POR MIM
AMO A QUEM ME DESRESPEITA
TENTA ME SUFOCAR
E QUER ME ANIQUILARTENHO PENA
NÃO COMISERAÇÃO
PENA SOLIDÁRIA
PELA DIGNIDADE PERDIDA
PELO ÓDIO MAL RESOLVIDOMEU AMOR NÃO É BARATO
NEM MESMO PERDULÁRIO
HOJE
MEU AMOR
É IMPERIOSO
MAIS QUE NUNCA NECESSÁRIO
Amor em esplendor...
Fantásticos momentos que juntos passamos,
Plenos de promessas que juntos juramos,
Ricos de ternura, prazer e emoção....
Suspiros intensos, olhares calientes,
Afagos, abraços e beijos, ardentes,
Momentos dourados como o sol de verão.
A brisa que sopra ao entardecer
Que aos outros um pouco de frio vem trazer,
Em nós reacende o desejo, o fervor...
Não existe clima que apague essa chama
Que a nós incendeia, acende, inflama,
Pois nosso amor... é puro esplendor!
Te amo!
Quis fazer te um poema, mas me faltou fala.
Faltou-me a verve assim que se incendeia.
Faltou-me a inspiração que circula na veia,
Quando tudo emudece se bloqueia e cala.
Mas mesmo assim, eu segui na batalha.
Até que me vieram algumas rimas,
E se um neurônio dentro em mim trabalha
Logo se cria, uma emoção, um clima.
Agora,já com tudo encaminhado.
Com o meu verso quase que encaixado
Naquilo que quero,e pretendo e clamo.
Posso dizer assim sem embaraço
Que este rodeio todo que ora faço
É simplesmente pra dizer: Te amo!
As Sem-Razões do Amor
Poesia e Prosa de
Carlos Drummond de Andrade
As Sem-Razões do Amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
A Dor de Amar
Já foram cantadas em verso e prosa
As incoerências desse tal "amor"...
É um amargo-doce, dor deliciosa,
É tristeza alegre, é frio no calor.
E os sentimentos daquele que ama
Com fervor intenso, com obsessão,
Conforme a ciência já hoje proclama,
São fontes de stress, de flagelação.
Mas como viver sem curtir no peito
Esse stress vibrante e o sofrer de amar,
Delícias de ter um cúmplice perfeito,
Dores e prazeres de compartilhar?
E como ficar nas noites sombrias
Sem sentir na alma a amorosa brisa,
De um abraço amigo pleno de magias,
E do afago amante que nos realiza?
Se amar é sofrer... stress e flagelo...
Hão de preferir nossos corações
O fascínio eterno de um doce libelo
A um destino insosso, pobre de emoções...
Amor Total
Uma troca sem censuras,
Entrega incondicional…
Convivência sem cobrança,
Baseada em confiança,
Assim é o amor total.
Falamos através do olhar,
Sorrimos com o coração…
Só quem é capaz de amar,
Sabe assim comunicar
Sua íntima emoção.
Fonte jorrando alegria,
Cumplicidade leal…
O nosso amor é paixão,
Pilar de nossa união,
É sublime… é total!
Amor Demais?...
Qual é o indexador
Que pode avaliar a gente,
Que nos define o valor?...
É o caráter, certamente.
Quem não curte bons valores
No fundo vive sofrendo,
Mal sabe o que é bom na vida,
Não sabe o que está perdendo.
Quem espalha caridade,
De se doar é capaz,
Sabe o valor da amizade
E o bem que o amor nos traz.
Tem o amor verdadeiro
Um sentido universal,
Que ultrapassa fronteiras
Que aniquila todo mal.
Pra vencer as intempéries,
E escapar aos vendavais...
Esparramemos amor,
Que amor nunca é demais!
Certos amores...
Certos amores nos deixam marcados,
Duras seqüelas, fundas cicatrizes,
Feito dragões no corpo tatuados
Em cores fortes e densas matizes.
E estes dragões podem ser encontrados,
Nos dias tristes, cinzas, infelizes,
Que arrastam-se sempre tão demorados
Nos condenando feito maus juizes.
E pensamos fugir... mas! fugir pra onde?
Se eles nos seguem sempre aonde vamos?
E mesmo que a mente u'a maneira sonde
O coração não faz o que queremos.
E dói nos inda mais se constatamos,
Pois quando os olhos fecham, mais os vemos!
Declaração de Amor...
Como posso revelar,
De que forma externar,
A febre que estou sentindo?
Se não encontro palavra,
Se minha expressão se trava,
Ao ver o teu rosto lindo?...
Talvez no correr da pena
Eu consiga uma serena
Maneira de te falar...
Quem sabe a poesia
Concretize esta magia
No meu peito a palpitar...
Só sei que meu coração
Vive imerso na emoção
De te querer com ardor...
Assim, que entendas, espero,
O meu apelo sincero,
Ao declarar-te este amor...
Te amo!!!
E como te amo...
Amor no dia-a-dia
São tantos os detalhes, tantos momentos íntimos,
Gotinhas de ternura de nossa vida a dois,
Que ao menor sinal da sombra de uma dúvida,
Buscamos dialogar, não deixar pra depois.
Se rimos, rimos juntos - juntamos alegria,
Se há dor, choramos juntos - juntamos corações...
Nas horas de angústia, o amor semeia a fé,
E a fé colhe amor - a safra é de emoções....
Assim nos completamos, unindo corpo e alma,
A mente e o prazer - razões de ser feliz.
E aos céus eu agradeço por encontrar em ti
A vida que eu sonhei, o amor que sempre quis!
Te amo...
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
AMOR PLATÔNICO
Se te encontrar em algum lugar
Não sei se consigo resistir ao teu olhar.
Tenho vontade de sorrir com teu sorriso,
Sinto querer bem mais que se pode querer de um amigo.
Para muitas vezes para observar a tua boca sensual
O que me envolve parece ser uma magia, um ritual.
É uma energia física, cheia de emoção,
É uma carga emotiva, que vem do meu coração.
Não deixa de ser amor, não deixa de ser amizade,
Não me faz mal algum, contrário, me dá felicidade.
Só é meio complicado, incompreensível,
Porque sei que pra mim é inacessível.
Não é de ninguém, e a nada se nega,
Mas se ficar pra mim muita coisa se quebra.
Esse é o platônico, o utópico sentimento
Que nos retira da rotina, que nos serve de alento.
Este é o meu amante, imaginário, viril,
Que sempre vem apagar o meu fogo, o meu estado febril.
Que me leva a conhecer novos caminhos,
Que me cobre de atenção, de beijos e de carinhos.
É A FUGA DA REALIDADE !
É A BUSCA DA SAUDADE!
É A LOUCURA DA FANTASIA!
"Limites do Amor"
Condenado estou a te amar
nos meus limites
até que exausta e mais querendo
um amor total, livre das cercas,
te despeça de mim, sofrida,
na direção de outro amor
que pensas ser total e total será
nos seus limites da vida.
O amor não se mede
pela liberdade de se expor nas praças
e bares, em empecilho.
É claro que isto é bom e, às vezes,
sublime.
Mas se ama também de outra forma, incerta,
e este o mistério:
- ilimitado o amor às vezes se limita,
proibido é que o amor às vezes se liberta.
Sem você não posso amar...
Você pode não acreditar
Mas amor assim, jamais senti.
Eu nem sabia o que era amor
Até o dia em que te conheci.
Sempre pensei que conhecia o amor
Mas descobri que nada tinha cor
O sentimento que em mim despertou
Meu corpo inteiro desabrochou
Agora eu sonho só em ter você
E não suporto a idéia de perder
Como será uma vida sem você?
Se te perder, mais nada quero ter.
Eu conto as horas, pra te ver chegar.
E em seus braços, inteira me tomar.
Você é o homem que eu quero amar,
E a minha vida toda lhe entregar.
Exaltação do Amor
Sofro, bem sei... Mas se preciso for
sofrer mais, mal maior, extraordinário,
sofrerei tudo o quanto necessário
para a estrela alcançar... colher a flor...Que seja imenso o sofrimento, e vário!
Que eu tenha que lutar com força e ardor!
Como um louco talvez, ou um visionário
hei de alcançar o amor... com o meu Amor!Nada me impedirá que seja meu
se é fogo que em meu peito se acendeu
e lavra, e cresce, e me consome o Ser...Deus o pôs... Ninguém mais há de dispor!
Se esse amor não puder ser meu viver
há de ser meu para eu morrer de Amor!
FEITO UM PUNHAL
Ai como dói vivermos um romance,
Que corta e fere qual vidro partido.
Em que fazemos tudo ao nosso alcance,
Mas nosso amor não é correspondido.
Ai como dói! Se vemos de relance,
Em nós seus olhos fitos, sem sentido
Disperso,claro, em difusa nuance
Em um vagar constante, distraído.
Ai como dói! Provar...reconhecer,
Estar num caso que só um lado importa.
Dá uma vontade de desaparecer.
Fugir no breu d’alguma noite morta.
Mas vem o medo de no amanhecer
...De novo estar batendo à sua porta...
Paixão mal-resolvida
Sabe... aquela sensação...
De algo indefinível
Que falta se completar?
A gota que faltou
Para o copo entornar,
O gole que não bastou
Para a sede saciar
E o sabor algo insensato
Da pequenina porção
Que restou dentro do prato...
A ausência da canção
Que se esperava do show,
O som que não eclodiu,
Que não se ouviu, do trovão,
Tempos depois que o raio
Iluminou a amplidão...
São sensações que nos deixam
Com certa expectativa,
Desde a esperança viva
Até à desilusão...
Com gosto de quero-mais,
Misturado à frustração.
É isso o que representas,
Para mim, meu ex-amor...
O sol que hoje não raiou,
A lua que se escondeu,
A estrela que não brilhou,
A casca que não sarou
De uma antiga ferida...
Por tudo isso tu és,
E para sempre serás,
Num vácuo de minha vida,
Um caso interrompido...
A paixão mal-resolvida!
**NOSTALGIA**
No vazio de minha alma...
Fui à busca de inspiração...
Enganei minha tristeza...
Viajei em busca de um verso...
Que rimasse nesta poesia...
Que falasse desta nostalgia...
E silenciosa observei...
A beleza da criação...
E fui além...
Chorei sozinha...
Lembranças boas e tristes...
Transpirei cada palavra...
De amor e de paixão...
Relembrei promessas esquecidas...
Ressuscitei em mim o amor e a razão...
Nesta nostalgia triste de mim...
Difícil . .
Fujo por temer o que desconheço
Amo à distância, por ser mais fácil
Regresso ao meu infinito particular
Fecho as entradas, quebro os elos
Difícil é viver a paixão...
Realidade se choca com os sonhos
Fujo por não saber o que existe do outro lado
Amo sem querer questionamentos
Regresso ao meu universo de mistérios
Fecho velhos atalhos,abro novos caminhos
Difícil é reconhecer o amor...
Realidade grita na alma
Fujo por acreditar que não é o momento
Amo sem atropelos, nem pressas
Fecho as janelas,para abrir portas
Difícil é desamarrar certos nós...
Realidade sendo construída, passo a passo
Fujo...amo...
Difícil...realidade...
Amo...fujo...
Realidade...amo...
**GOSTO TANTO DE VOCÊ**
Gosto do teu ar de menino...
Deste teu olhar cativante...
Da tua alegria que me contagia...
Dessa tua ternura...
Que mexe com meus instintos...
Gosto de te trazer a meu mundo...
Em sonhos secretos de mim...
Amo teu olhar de aventura...
No brilho úmido de teu interior...
Há como gosto de você...
Desse teu jeito singular de ser...
Dessa meiguice que me domina...
E que dá impressão de quem...
Precisa de mais amor...
Gosto tanto de você...
Da tua voz tranqüila...
Que me passa segurança...
Quando falo contigo...
Há homem menino...
Gosto desse teu jeito calmo...
E sereno de ser...
Com que falas comigo...
Quando te peço abrigo...
Gosto de ti assim como...
Uma abandonada...
Carente de amor que caminha...
Desnuda por um caminho...
Feito de algodão doce...
Onde te beijo inocente...E passeio liberta por entre...
As letras que te escrevo agora...
Amor de minha vida...
** REFLEXO**
Quando olho nos teus olhos...
Já não vejo mais o meu reflexo...
Nem o brilho do amor...
Que ainda diz ter por mim...
Teu sorriso que me alegrava...
Ainda ouço mas já tão distante...
E essa lagrima que teima em...
Deslizar pelo meu rosto...
Dentro desta saudade...
Que irrompe o silêncio...
Sempre que em você eu penso...
Tudo isso me dói tanto...
Como se uma navalha...
Fosse retalhado em mil pedacinhos...
Esse meu coração ainda apaixonado...
Você é o vicio mais sublime...
Que o amor em mim requer...
Pena que de mim se distancia...
Sem palavras...
Sem o teu carinho...
Eu ainda sobrevivo...
No reflexo do teu olhar...
Que de mim se distância...
((*_*))
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Amor em estado bruto
O meu amor é algo complicado,
Pois é engenhoso, insubmisso, astuto.
É um segredo ainda não revelado
É um mistério vago, irresoluto.
O meu amor não fica emocionado,
Ao descompasso que do peito escuto
É um diamante ainda não lapidado
É feito a jóia, quando em estado bruto.
E este amor que tanto desconheço,
Que ora me eleva, ora me subestima
Por qual me alegro e por qual padeço
Que me derrota, ou que me põe por cima
É o sentimento o qual pago o preço
De ficar horas para achar-lhe a rima.
Sonhos de Amor no Outono...
Folhas de outono…
…a cair, displicentes, pelo chão,
Como os sonhos que se foram,
Levando tuas lembranças,
Pra bem longe, em dispersão,
Deixando ao desamparo
Um amargo coração…
Folhas de outono…
Vocês se vão… já tiveram
Um papel na natureza,
E ainda continuam
A espalhar tanta beleza…
Mas meus sonhos, insensatos,
Mal cumprindo seu papel,
Abandonam-me à tristeza,
Se esparramam com o vento,
Arrastando a esperança,
Espalhando a incerteza…
Folhas de outono…
… que em ciclos voltarão,
No vai-e-vem das estações,
Em divinas produções,
Noutros toques de magia,
Em meigas transformações…
E meus sonhos?…
Se os meus sonhos…
…quem me dera…
Retornassem a meu viver,
Como as folhas de outono
E as cores da primavera…
Se... em meu outono interior,
Os sonhos reacendessem
As chamas de outrora, amor...
Certamente, então, fariam
Um milagre acontecer:
Renascerem minhas crenças,
Cessar o meu padecer…
Migalhas..
Nestes longos anos, idos e vividos,
De sentimentos tão puros,
Tão ternos, também tão sofridos,
O destino em mim teceu suas malhas.
Embora meu ser se esvaísse em ternura,
na realidade, tão cruel, tão dura,
o meu amor por ti viveu... de migalhas.Um aceno, um gesto,
Um sorriso, um olhar,
Uma frase dita,
às vezes, sem pensar,
São esses os poucos
manás que espalhas...
Mas meu ser, carente,
faminto, sedento,
Sorve com avidez
cada um desses momentos,
traduzidos em quê?De fato... em migalhas.
Uma carta apaixonada...
Meu amor...
Lá se vão algumas horas sem te ver...
sem fitar teus olhos profundos, cativantes...
Longe de ti, cada minuto parece-me um século passado em solidão e saudade...
Ainda trago comigo infinitas reminiscências de nosso último encontro: um fio de teu cabelo displicentemente esquecido em minha roupa...
teu perfume saboroso a reacender a todo instante a chama do desejo que me prende a ti...
e a reminiscência inexorável de cada beijo, cada afago, cada murmúrio, cada suspiro apaixonado que ambos exalamos em nosso leito de amor...
Fecho os olhos e revivo o deslumbramento daqueles mágicos momentos: o deslizar de seus acariciantes dedos sobre minha pele sedenta... o apego frenético de minhas mãos a te apertar em abraços suplicantes...
Reviro-me no leito, mas não consigo dormir.
A lembrança de tua presença me aquece, me tortura, me entontece, me compele a sair, a procurar-te mais uma vez, como o cego que anseia pela luz, o colibri que busca o mel da flor, a alma que sonha com as delícias do paraíso...
... e como o mar - que se projeta em ondas sobre as areias da praia, assim também meu ser se projeta sobre ti, amor, pois tu és a fonte que alimenta meus sonhos, renova minhas esperanças e torna minha vida um mundo pleno de realizações!
Beijo-te como te amo,
Uma carta de perdão...
Perdão, vida minha!
Amor,
Sei que meras palavras não servirão necessariamente como lenitivo neste momento em que, certamente, estarás sentindo mágoa de mim e, quiçá, desejarias nem ter me conhecido.
Errei.
Errei, sim, como pode errar um ser humano fragilizado pelas contingências da vida...
Errei e peço perdão, vida minha.
Se o transtorno do arrependimento não é suficiente para quitar meu débito, imagina o quanto mais não estou sendo penalizado ante esse teu olhar magoado – o qual, espero e queira Deus, não venha a se transformar em indiferença. Antes me olhes com mágoa do que com indiferença... pois se a ira – a raiva – ainda significa algum tipo de sentimento, a indiferença consiste na lápide tumular dos corações humanos...
Errei e peço perdão...
Sabendo o quanto és nobre, o quanto de pureza e altruísmo tens na alma, minha esperança renasce, pois perdoar é um dom de nobreza espiritual.
Tenho consciência de os erros podem gerar uma crise, mas é nas crises que o espírito se fortifica... é num momento de crise que a gente mais tem a oportunidade de crescimento interior, de fortalecimento moral, produto do sofrimento e da reflexão...
Se minhas palavras são fúteis e vãs, insuficientes para reparar meu mal ou para justificar meu arrependimento, nesta hora de aflição, parafraseando os poetas, lembra-te de que...
“perdão foi feito pra gente pedir” e...
“eu te suplico não destruas tantas coisas que são tuas por um mal que já paguei...”
O amor tudo vence... e o mal que te causei não pode ser maior que nosso amor!
Superemos esta fase nefasta, amor de minha vida!
Olhemos para a frente, para o nosso amanhã... um novo dia surgirá, pleno de luz, uma luz fulgente que haverá de reacender a confiança em nossos corações.
Beijo-te como te amo,
Lembrar e sonhar
Perambulava a esmo, na longa estrada da vida,
Quando encontrei duas damas - diferentes na aparência:
Uma velha, outra jovem, e uma à outra tão unida,
Que pareciam fundir-se ambas na mesma essência.
"Vivo a olhar o passado", me disse a dama velhinha.
"E eu, mirando o futuro", comentou a jovenzinha.
E quando a idosa falou: "O meu nome é Lembrança,"
A menina acrescentou: "Eu me chamo Esperança".
Indaguei-lhes o porquê daquela franca harmonia,
Se eram tão contrastantes, em sua diversidade.
"Nossas mãos estão unidas, no viver do dia-a-dia,
do presente, do passado, futuro e eternidade..."
O que é a vida de hoje se não a coexistência
Das vivências que passamos, com projeções do porvir?...
Se um lado do coração se entrega à reminiscência,
O outro vive a esperar um futuro a lhe sorrir.
Lembrar e sonhar... dois pólos... propulsões de nossa mente,
A nos mostrar, na saudade, no anseio e na confiança,
Que lembranças de outrora coexistem no presente,
Com sonhos que acalentamos, eternizando a esperança...
Que me venha esse homem
Que me venha esse homem
Depois de alguma chuva
Que me prenda de tarde
Em sua teia de veludo
Que me fira com os olhos
E me penetre em tudo
Que me venha esse homem
De músculos exatos
Com um desejo agreste
Com um cheiro de mato
Que me prenda de noite
Em sua rede de braços
Que me venha com força
Com gosto de desbravar
Que me faça de mata
Pra percorrer devagar
Que me faça de rio
Pra se deixar naufragar
Que me salve esse homem
Com sua febre de fogo
Que me prenda no espaço
De seu passo mais louco
Que me venha esse homem
Que me arranque do sono
Que me venha esse homem
Que me machuque um pouco.
Dores de Amor
Dores de amor é mal que não se evita,
Que não se corta, mal que não se doma.
Quando acontece, rouba, furta, toma
Toda alegria que num peito habita.
A partir dele tudo se conflita.
Tudo embolora, tudo perde o aroma.
Um mal que chega e ao primeiro sintoma
Um caos se desmorona n´alma aflita
Somente o tempo a este mal dá cura,
Mas entrementes, cola em nossos traços,
Profundas rugas, marcas da tortura,
De quando a dor delimitava espaços,
E quando sai deixa a triste figura,
De muitos sonhos feitos aos pedaços.
Vício
Tu nunca bates no meu pensamento à hora de entrar.
Chegas de repente, invades tudo, e é impossível te expulsar
por que então já sou eu que te procuro.
Não escolhes momento. É na hora séria ou na hora triste,
na hora romântica, ou na hora de tédio
por mais que me encontres fechado em mim mesmo
entras pelo pensamento, - clara fresta, vulnerável
às lembranças do teu desejo.
E quando chegas assim, estremeço até regiões ignoradas
me levanto, e saio, sonâmbulo, a te buscar
a caminhar a esmo ...
Chegas - como uma crise a um asmático, - e então
[preciso de ti como preciso de ar,
e tenho a impressão de que se não te alcanço, se não
[te encontro,
vou morrer, miserável, como um transeunte nas ruas,
antes que o socorro chegue para salvá-lo ...
alcançar-te é um suplício ...
Teu amor para mim - é humilhante a confissão
-Depois que consegues atingir meu pensamento
tua posse é uma obsessão,
não é amor, é vício ...
Teus olhos - Gondoleiro do amor
Castro Alves
Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;
Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.
Tua voz é a cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento;
E como em noites de Itália,
Ama um canto o pecador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.
Teu sorriso é uma aurora,
Que o horizonte enrubesceu,
— Rosa aberta com biquinho
Das aves rubras do céu.
Nas tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.
Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua;
Como é doce, em pensamento,
Do teu colo no langor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor! ...
Teu amor na treva é — um astro,
No silêncio uma canção,
É brisa — nas calmarias,
É abrigo — no tufão;
Por isso eu te amo, querida,
Quer no prazer, quer na dor,
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Teu olhar
Ah! Esse teu olhar...
Como duas esmeraldas
Tem um brilho que reluz.
Um brilho tão fascinante,
Um brilho tão verdejante,
Um brilho que me seduz...
Ah! Esse teu olhar...
Reflete a cor do arvoredo
No esplendor da primavera.
Desvanescendo o meu medo,
Penetrando em meu segredo,
Deixa em mim uma quimera...
Ah! Esse teu olhar...
Tem o verde que alcança
Os confins do firmamento.
O verde da esperança
Puro e ágil, qual criança
A brincar de catavento...
Ah! Esse teu olhar...
Penetra fundo meu ser
Na prepotência mais nobre.
Numa sinfonia muda,
Totalmente me desnuda,
Meus pensamentos descobre...
Ah! Esse teu olhar!...
Eu quero esse teu olhar
Para olhar só pra mim.
Vou me perder nesse mar,
Verdes ondas navegar,
Numa alegria sem fim.
Te quero
Saudade de você...
Vontade de te ver...
Sentir o seu calor...
depois fazer amor...
perder-me em seus braços..
e desfazer os laços..
dos receios teus..
com os beijos meus..
Não sei dizer quando..
Já não importa onde...
Só sei que te quero..
Te amo..Te espero...
Meu sonho é você...
Pra sempre te quero...
Sem você não posso amar...
Você pode não acreditar
Mas amor assim, jamais senti.
Eu nem sabia o que era amor
Até o dia em que te conheci.
Sempre pensei que conhecia o amor
Mas descobri que nada tinha cor
O sentimento que em mim despertou
Meu corpo inteiro desabrochou
Agora eu sonho só em ter você
E não suporto a idéia de perder
Como será uma vida sem você?
Se te perder, mais nada quero ter.
Eu conto as horas, pra te ver chegar.
E em seus braços, inteira me tomar.
Você é o homem que eu quero amar,
E a minha vida toda lhe entregar.
Se eu fosse querido!
Se eu fosse querido dum rosto formoso,
Se um peito extremoso - pudesse encontrar,
E uns lábios macios, que expiram amores
E abrandam as dores - pudesse beijar;
A tantos encantos minh'alma rendida,
Votara-lhe a vida - que Deus me quis dar;
Constante a seu lado, seus sonhos divinos
Aos sons dos meus hinos - quisera embalar.
Depois, quando a morte viesse impiedosa
Da amante extremosa - meus dias privar,
De funda saudade minha alma rendida
Votara-lhe a vida - que Deus me quis dar.
(De tão dolorida haveria de quedar.)